O governo do Estado da Bahia apresentou, nesta segunda-feira (4), uma proposta de reajuste entre 22% e 26%, em novembro deste ano (2012) e abril de 2013, em forma de progressão na carreira, para os professores da rede pública estadual retornarem às salas de aula. "A proposta está na mesa, cabe ao sindicato (dos professores) dizer se aceita, ou não", disse o governador Jaques Wagner (PT), em entrevista a uma emissora de televisão de Salvador. Anteriormente, o escalonamento, que inclui os 6,5% concedidos no início deste ano, seria em 2013 e 2014. A greve dos professores da rede estadual já dura 56 dias. 

Jaques Wagner pode ser intimado a prestar esclarecimentos no prazo de três dias, caso os deputados julguem procedente um pedido de instauração da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), solicitada pelos professors das Universidades Estaduais da Bahia. O objetivo da CPI é apurar o ato de improbidade administrativa do Governador e do Secretário de Administração, pela resistência em cumprir a ordem judicial que determinava o pagamento imediato dos salários suspensos dos professores dos meses de abril e maio. Para pressionar os parlamentares, os professores permanecem “acampados” na galeria da Assembleia. Enquanto isso, quase 60 mil estudantes estão sem aula.

Os professores da Universidade Estadual de Feira de Santana farão uma manifestação nesta sexta-feira (27), às 09h30, em frente à Diretoria Regional de Educação (DIREC 02), na Avenida Presidente Dutra,  em Feira de Santana, para alertar a população para o descaso do governo com a greve nas Universidades estaduais. Amanhã, a greve dos 970 professores da Uefs completa 47 dias, deixando 7237 estudantes sem aula. Os técnico-administrativos da Uefs também participarão da manifestação, paralisando suas atividades. Será que o deputado estadual Zé Neto (PT), terá coragem de aparecer  na manifestação como fazia antes de se tornar um "carlopetista"? Aposto que não. 

Os professores da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) fizeram uma manifestação na manhã desta sexta-feira (06) no centro de Feira de Santana marcada por um “barbear coletivo” parodiando a “venda” da barba pelo governador Jaques Wagner (PT). Em greve há 26 dias, os professores estão reivindicando do governo do estado a retirada de uma cláusula do acordo salarial que congela seus salários até 2014 e a revogação do Decreto 12.583/11 que contingencia verbas no serviço público. Durante a manifestação, os grevistas esclareceram a população divulgando a situação do movimento, inclusive a suspensão do pagamento dos salários do mês de abril. A disposição dos professores é de continuar em greve em defesa de melhores salários, de mais verbas e da autonomia universitária. “A UEFS é um importante patrimônio do povo baiano e não deixaremos que o governo a trate com tanto descaso”, afirma a professora Sarah Rios, do Comando de Greve da Uefs.

Os professores da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) fizeram uma manifestação no centro comercial da cidade no início da manhã de hoje (13/04). Com apitos, cartazes, faixas e bandinha, os professores apresentaram à população os motivos que levaram a categoria a deflagrar greve por tempo indeterminado desde segunda (11). A comunidade recebeu uma carta que apresentava os pontos principais de reivindicação do movimento grevista: a retirada da cláusula 2 do acordo salarial 2010 que congela os salários dos professores até 2015 e a revogação do Decreto 12.583/11, que reduz os gastos públicos estaduais no ano de 2011. Na sexta (15) os professores das quatro Universidades estaduais serão recebidos por representantes do governo na Secretaria de Educação, em Salvador, às 15 h, para discutir o acordo salarial.