Em entrevista ao Blog do Velame, o prefeito de Feira de Santana, Tarcízio Pimenta (DEM), explicou o motivo das 108 demissões de funcionários da prefeitura que estavam prestando serviço no Hospital Estadual Clériston Andrade.  Segundo ele, todas as prefeituras da Bahia têm sofrido com a queda sistemática de repasses e Feira atualmente investe 26% dos recursos do município na saúde. “Investimos 11% a mais do que a lei obriga e isso causa uma série de transtornos dentro da administração dos recursos. Não fechamos unidades nem reduzimos atendimento, mas existem contratos celebrados com o Clériston e Hospital Dom Pedro, que nos retiram recursos, então estamos tentando fazer o equilíbrio para não causar transtorno no funcionamento da máquina”, explicou. Pimenta esclareceu ainda que a decisão de cortar despesas com pessoal foi tomada em conjunto com as secretarias da fazenda e administração. “Não fizemos nada no sentido de perseguir alguém. São medidas discutidas com as secretarias da fazenda e administração”, observou. O democrata  também não descartou a possibilidade de que novas demissões ocorram. “O levantamento está sendo feito com a secretaria da fazenda e será sendo avaliado”, respondeu. Questionado sobre o prejuízo que a falta dos 108 funcionários demitidos pode causar ao Hospital Clériston Andrade, Tarcízio Pimenta foi irônico. “Quantos funcionários tem no Clériston? 100 vai fechar o hospital? De jeito algum. Se a secretaria estadual repassar o recurso continha tudo funcionando, sem qualquer dificuldade. Só não posso prescindir hoje de 300, 400 mil da saúde porque esses recursos são muito importantes para saldar compromissos da secretaria”,  finalizou. Ouça a entrevista na íntegra na seção VIVA VOZ.