A Assembleia Legislativa da Bahia aprovou nesta terça-feira (6/12) o requerimento de urgência do Projeto de Lei 22.051/2016, que autoriza o governo o Poder Executivo a contratar empréstimo de R$ 600 milhões junto ao Banco do Brasil e aprovou também, em primeiro turno, o projeto do Orçamento de 2017, ambos com votos contrários dos deputados oposicionistas. O deputado estadual Carlos Geilson (PSDB) foi um dos que votou contra, e explicou a sua decisão. De acordo com o parlamentar, o projeto não deixa claro onde será aplicado o montante do empréstimo. “É muito fácil dizer que o dinheiro será aplicado em saúde, educação ou infraestrutura, sem explicar sua destinação de fato. Isso é dá um cheque em branco para o governo, por isso eu votei contra. Não sou contra o empréstimo, mas contra a falta de transparência no projeto”, explicou Geilson. O deputado questionou como o governo que já anda com o orçamento tão apertado ainda vai se comprometer em pagar um empréstimo. Geilson falou sobre o Orçamento encaminhado à Casa Legislativa. De acordo com ele, algumas áreas como saúde teve aumento abaixo da inflação e, outras secretarias como as de Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, a de Cultura e a de Política para as Mulheres tiveram seus orçamentos reduzidos. “Como é que o mesmo governo que critica a PEC que limita os gastos proposto pelo governo federal, na esfera estadual não repassa nem a inflação para algumas secretarias?”, questionou. Geilson ainda criticou a intransigência do governo, em não acatar sequer uma, das 13 emendas propostas pela oposição, para adequação do Orçamento.