Os candidatos Jaques Wagner (PT), Geddel (PMDB), Paulo Souto (DEM), Bassuma (PV) e Marcos Mendes (PSOL) travaram uma verdadeira guerra no último debate das eleições para governador da Bahia realizado na noite desta terça-feira (28). Wagner, que tenta a reeleição e lidera as pesquisas de intenção de voto foi o alvo principal dos ataques. O debate começou a esquentar com Geddel cobrando de Wagner uma promessa da campanha de 2006, de que construiria imóveis residenciais para policiais. Wagner justificou dizendo que a “moderna tecnologia não recomenda a construção de vilas militares”. O peemedebista ironizou: “eu levo a sério programa de governo, o que eu apresento à população é viável”. Depois, o mediador Willian Waack concedeu direito de resposta a Wagner, por Marcos Mendes ter sugerido que há corrupção nas secretarias do governador. Wagner se defendeu pedindo que se ele tem alguma denúncia concreta, que apresente ao Ministério Público. Dando continuidade aos ataques direcionados ao governador, em pergunta para Bassuma, Paulo Souto afirmou que os hospitais da Bahia parecem campos de concentração, “com pessoas espalhadas pelos corredores”. Na resposta, Bassuma disse que a saúde é “a área que mais tem corrupção em todos os governos”. “Sem tapar o ralo da corrupção, não há solução para a saúde”, afirmou citando o caso CADESP denunciado pelo Blog do Velame e o livro-denúncia do médico Eduardo Leite. No penúltimo bloco, o fraco-atirador Marcos Mendes mirou os canhões para Geddel. Ele perguntou se uma possível gestão de Geddel seria “tão desastrosa” quanto à do prefeito de Salvador, João Henrique (PMDB), segundo ele “o pior prefeito do Brasil”. Geddel diz que João Henrique é o responsável pela administração municipal, mas como é de seu partido, se isso lhe trouxer ônus, ele os assume. No último bloco, os cinco candidatos usaram o escasso tempo para pedir votos.