O projeto do Sistema Viário Oeste, que inclui a Ponte Salvador-Itaparica, foi discutido nesta terça-feira (26), na Comissão de Infraestrutura da Assembleia Legislativa da Bahia. A audiência teve a presença do secretário do Planejamento, José Sérgio Gabrielli, e dos deputados baianos. Durante a audiência, o deputado estadual Carlos Geilson (PTN), frisou a sua descrença na concretização desse projeto, apesar de não questionar a importância de tal. “Não está em jogo a importância, mas não podemos engessar o Estado com uma construção dessa. O governo demorou três anos para construir a Passarela de Pituaçu, quanto tempo vai demorar com essa ponte?”, lembrou Geilson. Em resposta, o secretário afirmou que uma obra como essa demora uma média de quatro anos para ser concluída e disse que a intenção não é engessar o governo, mas usar recursos da União, da iniciativa privada e uma pequena parte do Governo do Estado. Geilson se mostrou preocupado com o interesse do investimento privado na Ponte. “A iniciativa privada não vai investir para não ter retorno. O quanto isso vai custar para os baianos? Quanto custará esse pedágio?”, questionou. De acordo com Gabrielli, o pedágio da ponte não pode custar mais que o valor para um carro atravessar de Ferry Boat. “O custo do Ferry será a referência, não pode custar mais que R$38”, afirmou. Ainda conforme o secretário, no primeiro trimestre de 2014 será lançado o edital para a concessão da Ponte Salvador-Itaparica. O cronograma já foi estabelecido e inclui a publicação de estudos de engenharia e de impacto ambiental, bem como um plano de atração de indústrias. Geilson lembrou que é preciso ter cautela ao definir o valor do pedágio, uma vez que quando a pessoa paga a travessia no Ferry não gasta gasolina. “Se definir um valor alto para a cobrança desse pedágio, quanto uma pessoa não vai gastar para fazer esse trajeto?”, indagou.