O senador César Borges (PR) classificou como “preocupante e grave” a relação entre organizações não-governamentais e o atual governo da Bahia, marcado pelo repasse de, ao menos, R$ 307 milhões entre 2007 e 2009, em convênios sem licitação. De acordo com o senador, há dois problemas principais: o pagamento sem licitação, que fere o princípio da impessoalidade da administração pública, agravado pelo fato de haver servidores públicos beneficiados; e de outro lado, a falta de fiscalização, que gerou a falta de execução dos serviços e desvio da verba pública. Para César Borges, outras irregularidades também ocorreram. “Como se não bastasse a ausência de impessoalidade, transparência e fiscalização com o dinheiro público do povo baiano, a magnitude dos valores chama atenção, principalmente quando comparamos com os recursos alocados em outras áreas prioritárias, como segurança pública”, afirmou. Segundo o senador, “não é aceitável” que as ONG’s tenham recebido, somente em 2009, cerca de R$ 109 milhões, enquanto o total investido pela Secretaria de Segurança Pública, no mesmo período, não tenha passado de R$ 26 milhões.