“Pesquisa eleitoral não é ultrassonografia”, assim o deputado estadual Heraldo Rocha (DEM), que é médico define as pesquisas eleitorais divulgadas recentemente. O líder da oposição na Assembléia Legislativa fez a estranha comparação observando que, com o advento da ultrassonografia tornou-se possível antecipar o sexo do bebê antes do parto, mas as pesquisas não conseguem revelar com antecedência os resultados das urnas. “Embora tenha muita gente querendo cantar vitória antes da hora, o fato é que são freqüentes os erros nas pesquisas eleitorais. Afinal, qual delas indicou com antecedência a vitória de Jaques Wagner no primeiro turno em 2006 e a presença de João Henrique no segundo turno do pleito municipal em 2008?”, indaga o deputado democrata. Para Heraldo Rocha, ao contrário do aspecto positivo que a ultrassonografia trouxe de, ao antecipar o conhecimento do sexo, possibilitar aos pais preparar o enxoval do bebê de acordo com a necessidade, as pesquisas, quando apresentadas como verdade absoluta e não como uma tendência do eleitorado, causam um efeito negativo à política, pois estimulam a cooptação em vez do embate de ideias e propostas.