O Hospital Estadual da Criança (HEC) de Feira de Santana, inaugurado em agosto do ano passado com apenas 15% de sua capacidade total, deveria estar aumentando gradativamente sua capacidade de internamento, mas infelizmente, continua em situação duvidosa de atendimento. O Instituto Sócrates Guanaes (ISG), entidade que administra o hospital, ao invés de cumprir o contrato firmado com o Governo da Bahia que o obriga a ir aumentado a capacidade do HEC com passar do tempo, tem feito justamente o contrário. O número de pediatras presentes na unidade, por exemplo, diminuiu 30%.  Especialidades como ortopedia e buco-maxilo que antes trabalhavam em regime de plantão como determina o contrato, agora trabalham em regime de sobreaviso. Para piorar a situação, a unidade de internação desde a abertura do hospital só recebe até 30 pacientes, mas o contrato exige que sejam 150 no primeiro ano e 230 no segundo. Nas UTI´s a situação não é diferente. Dos 20 leitos de UTI pediátrica e 20 de UTI Neonatal que deveriam funcionar no primeiro ano, só funcionam oito de cada.  O ambulatório do HEC mais parece um ambulatório fantasma. Nenhuma consulta ainda foi realizada no que era pra ser uma espécie de consultório onde estariam reunidas especialidades pediátricas das mais variadas. Vale ressaltar que, o ISG receberá mais de R$ 83 milhões para administrar o HEC por dois anos.  Mas, para que fazer jus a essa quantia milionária, o instituto deve cumprir a risca todas as exigências – e não são poucas – contidas no contrato firmado com o governo estadual através da Secretaria Estadual de Saúde.