O deputado Marcelo Nilo é o virtual presidente da Assembléia Legislativa, em candidatura única. Formaliza hoje, em almoço, a sua chapa (leia nota), mas, no processo, nunca houve de fato dificuldade para Nilo, no que pesem as idas e vindas. Curioso que as dificuldades que, na verdade, na verdade, nunca chegaram de fato a existir, partiam do PT, partido aliado de Nilo e pelo qual ele deixou o PSDB em razão do seu relacionamento excelente com o governador Jaques Wagner. Mais especialmente, partiam do complicado deputado Zé Neto. O parlamentar feirense é um autêntico cri-cri, como os antigos denominavam o chato do chato. Depois, chegou-se à conclusão de que se tratava de mero ciúme do bom relacionamento entre o governador e o presidente da AL. Também vem dos antigos o ditado segundo o qual ciúme de homem com homem é o diabo. Caçador de mídia, apaixonado por holofotes, Neto afinal se aquietou na medida em que percebeu que, mesmo se lançando ao cargo, numa espécie de “bloco do eu sozinho” não chegaria a lugar algum. Afinal, compreendeu. Ufa! Fora o fato do cri-cri, o chato do chato, assim como o muzufun é o chato do cri-cri, Neto é uma boa pessoa. Só que se há de ser muito paciente, pacientíssimo com ele. Ficar e ouvi-lo em concentração de monge e em postura absolutamente estóica. Caso contrário o ouvinte entra em transe nervoso como se estivesse a receber um santo em terreiro de candomblé, sem a menor ofensa à religião afro-baiana, se me entendem. (Samuel Celestino)

Nota do blog: após essa nota pode se afirmar, sem medo de errar, que o jornalista Samuel Celestino atualmente é quem melhor define o deputado Zé Neto.