A tão esperada “bomba” que o vereador Roberto Tourinho (PSB) prometeu explodir durante entrevista coletiva nesta segunda-feira (04) no hotel Acalanto, ainda não estourou, mas, com certeza, teve o pavio aceso. Na concorrida coletiva, Tourinho, acompanhado dos vereadores Angelo Almeida (PT), Marialvo Barreto (PT) e Frei Cal (PMDB), e com a presença do deputado federal Sérgio Carneiro (PT), fez graves denúncias contra o prefeito de Feira de Santana, Tarcízio Pimenta (DEM).  De posse de uma pilha de documentos e copias de cheques, que segundo Roberto Tourinho, comprovam irregularidades cometidas por Tarcízio e o ex-gerente do banco Subaé Brasil, Lourival Nunes, os fatos foram expostos para cerca de 30 jornalistas e radialistas presentes no auditório do hotel. As acusações foram divididas em três partes, e foram reveladas por Tourinho, Frei Cal e Marialvo Barreto, respectivamente. Para começar, Roberto Tourinho revelou que segundo os relatórios que teve acesso, o funcionário da prefeitura Marcos Paulo Silva de Oliveira, com salário de R$ 1,5 mil por mês, além dos conhecidos saques no valor total de R$ 1,6 milhão, também conseguiu adquirir um empréstimo do banco Subaé Brasil, no valor de R$ 270 mil. De acordo com ele, o mais grave é que nos documentos, quem aparece como avalista do empréstimo é o prefeito Tarcízio Pimenta.  “O único documento encontrado de Marcos no banco foi um cartão de autografo. Ou seja: esse cidadão conseguiu pegar empréstimo de 270 mil, com prestação de 15 mil com apenas um cartão de autografo”, disse. Para piorar, o banco tentando maquiar a operação, apagou os dados de Marcos e substituiu pelo nome de Altair Silva de Oliveira, pessoa que segundo Tourinho, não existe. “Interessante é que eles alteraram o nome, mas o CPF e o endereço são os mesmos de Marcos, e a conta já começa com saldo positivo de 1 milhão de reais”, apontou  A parte que coube a Frei Cal denunciar questiona uma operação envolvendo títulos de capitalização comprados pelo Banco Subaé Brasil no Banco do Brasil e que segundo ele, depois foram repassados para uma suposta conta não contabilizada da prefeitura de Feira de Santana. O vereador do PMDB também fez uso da palavra para questionar a desapropriação de um terreno por parte da prefeitura, a qual o relatório do Banco Central considerou como “triangular”. “O terreno desapropriado tinha como uma das sócias Mirela Silva que vem a ser filha do ex-gerente do banco Subaé Brasil. Essa informação a prefeitura omitiu”, reclamou. Por fim, coube a Marialvo Barreto mostrar os cheques administrativos do banco Subaé Brasil nominais ao prefeito Tarcízio Pimenta.  Os 11 cheques somam um valor total de quase R$ 2 milhões e foram depositados em contas pessoais do prefeito.  Conforme Marialvo, os cheques foram emitidos quando o Subaé Brasil já estava sob intervenção e por sorte foram devolvidos pelos bancos onde foram depositados. “Por que a emissão destes cheques? Qual origem desse dinheiro?”, questionou o petista.  Clique AQUI e ouça na seção VIVA VOZ a integra das denúncias feitas pelos vereadores.