Sem querer alimentar a polêmica sobre o “valor” artístico do cantor Luiz Caldas, eu me senti obrigado a responder alguns comentários. Peguei pesado ao dizer que ele não merecia nem 10% dos R$ 100 mil que ele desejava de cachê, mas não retiro uma vírgula do que escrevi. Continuo achando que R$ 10 mil reais é um valor muito alto para o Governo Estadual pagar por apenas um dia de trabalho de um cantor, seja Luiz Caldas ou qualquer outro. Mas esta é uma opinião pessoal, nada mais.
 
Acredito que seja uma total inversão de valores. Como pode um professor ou médico, estes que educam e salvam vidas, ganhar bem menos do que R$ 100 mil por ano, e um artista que na minha opinião, aculturada ou não, nada tem a oferecer cantando em cima de um trio elétrico, ganhar esse valor por apenas dois dias de trabalho?

Meu amigo, o radialista Elsimar Pondé, lembrou bem ao relatar que o ex-prefeito José Ronaldo pagou com dinheiro público a absurda quantia, R$ 90 mil, pelo show da banda Calcinha Preta, o qual contribui de forma bem questionável para o “enriquecimento cultural” dos seus fãs e seguidores.

Portanto, é bom deixar claro que não sou contra artistas que ganham milhões, mas contra o governo, que ameaça demitir funcionários públicos pelo vazio dos seus cofres, pagar quantias exorbitantes por este tipo de apresentações. Se Luiz Caldas quer ganhar cem mil reais, que monte uma apresentação própria, em uma casa de show particular e convença as pessoas a pagar ingresso através de uma boa mídia.