Os professores da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) encerraram nesta quarta-feira (15) a greve iniciada no dia 11 de abril, após assinatura de acordo com o governo do Estado nesta manhã, na Secretaria de Educação (SEC). Conforme decidido em assembleia na Uefs, as atividades acadêmicas serão retomadas quinta-feira (16), com volta às aulas na segunda (20). “Vamos voltar ao trabalho amanhã, mas as aulas terão início na segunda para que os alunos sejam avisados e possam se organizar”, relata o coordenador da Associação dos Docentes da Uefs (Adufs), Jucelho Dantas. O acordo também foi assinado pelos representantes das outras três universidades estaduais. No entanto, na Universidade Estadual da Bahia (Uneb) a saída da greve será avaliada em assembleia amanhã, às 13h30; na Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb) a greve deve continuar até a próxima sexta, 17, quando acontecerá um novo encontro da categoria ou até que a pauta interna se esgote; e na Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) a greve também foi encerrada com a assinatura. Após mais de dois meses de paralisação e muitas desavenças com o governo Wagner, a categoria conquistou uma proposta de Acordo Salarial, através da incorporação de uma gratificação (CET – Condições Especiais de Trabalho) ao salário base, que garante aumento real para os próximos dois anos e retomada das negociações em janeiro de 2013, quando se fechará um novo acordo. Quanto aos efeitos do Decreto 12.583/11 nas Universidades, os professores também conseguiram avanços importantes ao arrancarem do governo o compromisso formal de que serão realizadas reuniões para solucionar tais problemas e que retornará às Universidades a responsabilidade pela tramitação dos processos ligados aos direitos garantidos no Estatuto do Magistério Superior, referentes a afastamento para pós-graduação, promoções, progressões e mudança no regime de trabalho. O Termo de Acordo assinado reduz o prazo de restrições a novos ganhos reais de salários de quatro para dois anos, um dos principais impasses da greve. Para o coordenador da Adufs, Gean Santana, as conquistas mostram o sentido e a importância da luta e a força do Movimento Docente. “Ainda temos muitas pautas de luta pela Universidade pública, gratuita e de qualidade e por melhores condições de trabalho. No entanto, estamos satisfeitos com o resultado da negociação, pois as conquistas foram fruto das nossas lutas. Continuamos firmes em defesa da nossa Universidade mesmo com os salários suspensos por dois meses”, relata.