A Mesa Diretora da Assembleia Legislativa da Bahia decidiu, por unanimidade, arquivar o possível processo que tinha como finalidade punir o deputado estadual Targino Machado, líder do bloco independente PSC/PTN. Mesmo com as tentativas dos parlamentares da base do governo em intimidá-lo, a mesa não observou nenhum problema nas declarações do parlamentar durante a votação de mudanças no Planserv e da privatização dos cartórios. Para Targino, essa decisão confirmou sua tese. “Essa representação não prosperou por alguns motivos, confirmando minha tese. Primeiro, porque as Constituições Federal e Estadual, deferem o benefício da inviolabilidade por palavras, opiniões ou votos aos deputados no exercício do mandato. Segundo, porque o sentimento majoritário desta Casa é de que somos livres no momento que nos expressamos. Terceiro, porque qualquer atitude que fosse tomada nesta Casa no sentido diverso deste, seria reformada pelo Poder Judiciário”, afirmou. O parlamentar adiantou também que não falará mais do petista Yulo Oiticica, autor do processo, a quem disse que estendeu as mãos em seus momentos mais difíceis no passado. “Respeito as posições dos deputados, mas me insurjo contra o deputado Yulo Oiticica, porque existe um sentimento que é essencial para se viver: a gratidão e ele não dispõe disso. Em passado recente, eu e outros colegas, livramos o mesmo de uma CPI, instalada para apurar malfeitorias ruidosas nesta Casa. O meu gabinete era vizinho ao dele e algumas vezes o recebi em minha sala para me fazer apelos. O emprestei meu ombro e foi justo ele quem me apontou o dedo neste momento. Mas prefiro ser atingido pela injustiça, do que ser injusto, notadamente ingrato”, disse.