“As pessoas que fizeram o concurso da Prefeitura de Feira perderam o dinheiro (gasto em inscrição)”, afirma o vereador Roberto Tourinho (PV). Ele diz estar convicto de que o concurso,que teve prova escrita realizada no dia 25 de março deste ano e se encontra sob pedido de anulação pelo Ministério Público, será invalidado pela Justiça. Advogado de profissão, o vereador lembrou de alerta feito em 29 de novembro do ano passado,  sobre  possíveis problemas no concurso, em virtude do ano eleitoral.  Na ocasião, Tourinho salientava que 2012, por ser ano de eleição, tem que cumprir prazos e normas para nomeação de novos servidores no Executivo. Citou trechos da Lei 9.594, que veda aos agentes públicos nomear, contratar ou admitir, demitir sem justa causa, suprimir ou acrescentar vantagens, remover ou transferir servidor público nos três meses que antecedam o pleito eleitoral e nos três meses seguintes a posse dos eleitos. Ele acrescenta ainda: "se houver qualquer impugnação, o que não é anormal em um concurso, já cria uma possibilidade da nomeação cair nos três meses fatais antes das eleições". O Ministério Público ingressou com duas ações na Justiça contra supostas irregularidades do concurso da Prefeitura. Por conta disso, a Vara da Fazenda Pública determinou a suspensão da prova, mas o prefeito Tarcízio Pimenta e o procurador geral do Município, Carlos Lucena, não foram notificados em tempo hábil e a prova acabou sendo realizada. Para Tourinho, o prefeito poderia ter cumprido a determinação judicial, não realizando o concurso na data prevista. “Se fizesse isto, ele atenderia o que o Ministério Público estava solicitando e considerando como ilegal;  o concurso já tinha sido feito e, provavelmente, as pessoas já estariam sendo, hoje, nomeadas”, observa. O líder da bancada de oposição classificou a atitude do chefe do Executivo Municipal como irresponsável, salientando que cerca de 20 mil candidatos serão prejudicados.