O deputado Marcelino Galo (PT) apresentou projeto de lei na Assembleia Legislativa propondo a assistência às pessoas portadoras da doença celíaca. Esta enfermidade autoimune pode ocorrer em pessoas com intolerância permanente ao glúten, provocando inflamação, atrofia e, algumas vezes, úlceras, podendo acarretar tumores malignos. O projeto garante a realização de exame sorológico e biópsia do intestino delgado, por endoscopia digestiva ou cápsula para biópsia intestinal, a todas as pessoas que desejarem realizá-los de acordo com as prescrições médicas. O parlamentar propõe também que haja advertência em todos os materiais promocionais de produtos que possuam glúten em sua composição, além da obrigatoriedade atual de estar expresso nos rótulos. Ações educativas, no sentido de divulgar sintomas e tratamento da doença celíaca, deverão ser empreendidas pela Secretaria da Saúde. "O Ministério da Saúde informa que a doença é mais frequente do que se pensava, contudo continua sendo subestimada, traduzindo na falta de informação que, aliada à dificuldade para o diagnóstico, prejudicam a adesão ao tratamento e limitam as possibilidades de melhora do quadro clínico", explica Galo. No Brasil, apesar de não haver ainda um número oficial sobre a prevalência da doença, estudiosos afirmam que há, aproximadamente, 892 mil celíacos no país. A doença celíaca, em sua forma clássica, apresenta como sintomatologia a diarreia crônica, em geral acompanhada de distensão abdominal e perda de peso, podendo ainda apresentar diminuição do tecido celular subcutâneo, atrofia da musculatura glútea, falta de apetite, alteração de humor, vômitos e anemia. Essa forma típica da DC pode evoluir para a crise celíaca que pode ser fatal, levando o paciente a apresentar diarreia com desidratação hipotônica grave, distensão abdominal por hipopotassemia e desnutrição grave, além de outras manifestações, como hemorragia e tetania.