O PMDB, partido presidido na Bahia pelo deputado federal Lúcio Vieira Lima e que tem como maior liderança no estado o ex-ministro Geddel Vieira Lima, confirmou, em coletiva à imprensa, o apoio ao candidato da coligação “É hora de defender Salvador”, ACM Neto. “Fizemos uma ampla consulta a todas as instâncias partidárias, ouvimos militantes, parlamentares, vereadores e os eleitos, e tomamos conjuntamente a decisão de que a melhor opção agora é ACM Neto”, anunciou Lúcio Vieira Lima, ao lado do democrata, de Geddel e de Nestor Neto, que concorreu ao cargo de vice-prefeito no primeiro turno. O anúncio aconteceu na sede da legenda, no bairro do Costa Azul, e contou com as presenças de todos os vereadores, incluindo os eleitos, do PMDB. Também estiveram presentes os deputados estaduais e federais, lideranças e militantes da legenda. Ou seja, os peemedebistas em peso estão com o candidato democrata e vão para as ruas, entrando de cabeça na campanha. “Toda a estrutura do PMDB vai pedir voto para ACM Neto. Por isso, tenho certeza que a votação de Neto vai crescer, e muito, neste segundo turno”, apostou Geddel. Ele afirmou que não impôs nenhuma condição para apoiar Neto, a não ser “a de resgatar Salvador do caos em que se encontra hoje”. Geddel lembrou que a campanha é municipal, rejeitando a tese petista da nacionalização, citando exemplos de partidos da base aliada ao governo federal que estão apoiando, Brasil afora, nomes da oposição. E emendou: “Essa hegemonia que o PT quer impor é muito ruim para a democracia”. ACM Neto agradeceu o apoio e disse que o PMDB vai ser um interlocutor privilegiado de sua administração junto ao governo federal. “Sabemos que o dinheiro não é federal, estadual nem municipal, como tenta chantagear o PT. O dinheiro público é do povo. Mas temos de ressaltar a importância do PMDB, que tem o vice-presidente da República, seis ministros e uma grande bancada no Congresso. Depois do dia 28, vou deixar o palanque e visitar o vice-presidente Michel Temer para pedir a ele que seja um interlocutor de Salvador, abrindo um canal direto com a presidente Dilma Rousseff (PT)”, declarou o democrata. Neto lamentou que o candidato a prefeito do PMDB no primeiro turno, Mário Kértesz, tenha optado por tomar outro caminho. “Vou continuar tendo o mesmo apreço e respeito por Mário, que fez uma campanha importante para a cidade. Ele me telefonou informando da decisão”, contou. Ele acredita, no entanto, que a estrutura partidária do PMDB vai ser fundamental para conquistar a maior parte dos votos que a sigla obteve no primeiro turno. Participaram da coletiva parlamentares e lideranças políticas de outros partidos, a exemplo do presidente estadual do Democratas, José Carlos Aleluia, vereadores eleitos e vários que não conseguiram alcançar a vitória no dia 7 de outubro.