A Câmara dos Deputados instalou 539 tablets nas bancadas do Plenário para facilitar o acesso dos deputados aos textos das propostas legislativas. Os aparelhos são fixos e vão atualizar a pauta de votações em tempo real. O custo dos equipamentos foi de R$ 609,7 mil, valor que poderá ser compensado a longo prazo com a redução dos gastos com papel. O 1º secretário da Câmara, deputado Eduardo Gomes (PSDB-TO), afirma que esse avanço na tecnologia da informação foi um objetivo da Mesa Diretora dos últimos dois anos: "O objetivo é que a Câmara ganhe um novo ritmo nas suas votações, no conhecimento das matérias, mas que haja também uma economia muito grande de papel utilizado por ano, cerca de 3 toneladas e meia." Eduardo Gomes destaca ainda que os deputados poderão assinar proposições eletronicamente. É o caso das propostas de emenda à Constituição (PEC), que precisam das assinaturas de apoio dos parlamentares. Como há 513 deputados, Gomes lembra que esse processo costuma ser tumultuado. Atualmente, a pauta eletrônica já é adotada pelas comissões de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática; e de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ). Segundo Eduardo Gomes, já existem recursos separados para que os tablets sejam instalados nas outras comissões da Câmara. Em 2011, o deputado Amauri Teixeira (PT-BA) apresentou um projeto de resolução (PRC 96/11) estabelecendo a pauta eletrônica para as votações em Plenário e nas comissões. A proposta está em análise pela CCJ. "Espero que a diretoria-geral do novo biênio tome providências com a nova Mesa para extinguir a pauta física, de papel, que não faz mais sentido", argumenta Teixeira.