Os dias do deputado estadual Targino Machado – um dos principais opositores do governo na Assembleia Legislativa da Bahia – no PSC estão próximos do fim. Em entrevista ao Bahia Notícias, o parlamentar admitiu que a adesão da legenda à base de apoio à administração de Jaques Wagner foi determinante para ele buscar a saída na Justiça Eleitoral. "Não se discute fato, o PSC está na base. O namoro demorou mais do que uma gestação. Tenho com o meu partido uma relação elegante, respeitosa e, creia, estou triste com essa mudança, porque inviabiliza a minha permanência nas suas fileiras", declarou. Targino disse que "imaginava" a sigla como o seu "derradeiro partido". "Por isso estou a lamentar a mudança ocorrida, porque participamos de uma campanha em 2010 defendendo outras ideias e outro projeto para a Bahia, diferente do abraço que hoje dá o partido no governo", considerou. Como dificuldade à sua permanência, Targino avaliou não ter "condição de rasgar" a sua história "e aderir a um governo do qual, creio, tenho sido na Assembleia Legislativa da Bahia o maior crítico". "Tenho que, infelizmente, buscar o remédio jurídico junto ao Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA) objetivando conseguir a minha desfiliação do partido por justa causa. Creio que este é o único caminho que me resta, porque estou submetido a risco de dificílima reparação se não adotar esta via", avaliou.