A Assembleia Legislativa, na madrugada desta quarta-feira (15), aprovou, por 37 votos a 14, o reajuste dos vencimentos dos servidores públicos estaduais em 2% retroativo a janeiro e o requerimento de urgência do reajuste de 3,84% que serão pagos a partir de julho, completando assim os 5,84%. A bancada de oposição obstruiu a votação e tentou convencer os deputados da base do governo a acatarem as emendas propostas pela minoria, mas não obtiveram sucesso. As emendas propostas visavam à ampliação do índice de reajuste do servidor para o patamar de 5,84%, que corresponde à reposição inflacionária de janeiro a dezembro do ano passado; a aplicação de um reajuste diferenciado para o magistério equivalente a 7,77%, mesmo índice aplicado para o piso nacional da classe e a garantia de um piso salarial correspondente ao valor do salário mínimo. “O governo poderia pelo menos recompor a inflação do período logo no primeiro semestre. Se o governo cortasse os gastos milionários com os Redas e PSTs e com o excesso de propagandas conseguiria dar um aumento digno aos servidores”, afirmou o deputado estadual Carlos Geilson (PTN). O parlamentar ainda voltou a criticar a atuação dos sindicatos. “Não consigo acreditar que eles foram para a mesa de negociação e ainda assim aceitaram um aumento menor do que tinha sido enviado anteriormente à Assembleia. Esses representantes que estão nos sindicatos não representam às categorias. Os servidores querem e precisam pagar suas contas, com esse reajuste mal dá para comprar o pão francês para a família por quinze dias”, criticou o deputado estadual Carlos Geilson (PTN). O parlamentar afirmou que não votou à favor do projeto por não concordar com o aumento pífio acordado entre governo e sindicatos. “Apresentamos três emendas que beneficiariam os servidores, mas os governistas não aceitaram. O governo tem maioria, não precisa do voto da oposição para aprovar nada. Meu voto foi de protesto, foi de rejeição à essa vergonha de aumento”, pontuou Geilson.