O prefeito José Ronaldo (DEM) finalmente foi recebido pelo governador Jaques Wagner (PT). Nesta sexta-feira (24), o governador o recebeu em uma audiência que durou mais de uma hora e ocorreu na Governadoria. Ronaldo esteve acompanhado do secretário de Comunicação Social, Valdomiro Silva, enquanto Wagner contou com o auxílio do chefe da Casa Civil, Rui Costa. Ronaldo levou ao  governador uma preocupação: os problemas na área de obstetrícia em Feira de Santana. Ele teme que a interrupção no atendimento a parturientes pelo Hospital Geral Clériston Andrade – proposta que está sendo cogitada pela Secretaria de Saúde do Estado – provoque o caos nesse setor da saúde no Município, afetando toda a região. O prefeito  propôs ao governador que o Hospital Estadual da Criança possa funcionar como uma unidade materno-infantil. Seria a alternativa para que, no futuro, se possa tirar a obstetrícia do Hospital Geral Clériston Andrade. “Acabar com a obstetrícia do Clériston agora, sem essa medida de levar o serviço para o Hospital Estadual da Criança, poderia causar um problema muito grave, pois o Hospital da Mulher não teria condição de suportar a demanda”, pondera Ronaldo. O governador ouviu atentamente a sugestão e disse que vai conversar sobre o assunto com o secretário de Saúde do Estado, Jorge Solla, e se pronunciar posteriormente. O prefeito de Feira de Santana colocou-se à disposição do Governo do Estado para uma parceria na execução de obras de infra-estrutura, especialmente no acesso ao Aeroporto João Durval Carneiro. Wagner mostrou-se disposto a dialogar com o Município a esse respeito.  O Aeroporto João Durval Carneiro está entre os cinco prioritários do “pacote” de aeroportos anunciados este ano pela presidente Dilma Roussef, que devem ser construídos  em dezenas de cidades brasileiras, segundo Wagner. O investimento deverá ser em torno de R$ 230 milhões. “Também vai operar com passageiros, mas sua maior vocação, sem dúvida, vai ser o transporte de cargas, como funciona Viracopos em Campinas”, afirma o governador. O deputado Zé Neto (PT), líder do governo na Assembleia, acusado de tentar inviabilizar o encontro entre Ronaldo e Wagner, não participou do encontro.