O vereador Roque Pereira (PTN) usou a tribuna da Câmara Municipal de Feira de Santana, nesta quarta-feira (28), para falar sobre a proibição de pagamentos e novas adesões de novos contratos à empresa Telexfree por parte da Justiça do Acre. A empresa está sendo acusada de montar esquema de pirâmide financeira, o que é crime no Brasil. O bloqueio acabou afetando todo o país e, para comprovar os fatos, o edil destacou uma matéria do jornal Folha do Estado intitulada “Investidores de Anguera e Serra Preta sofrem com bloqueio da Telexfree”. Roque disse que, achando que se trata de uma pirâmide financeira, muitas pessoas confundem a Telexfree com outras empresas que foram criadas posteriormente. “A discussão tomou tamanha proporção que já chegou ao Congresso Nacional e na semana passada teve uma audiência pública a respeito da empresa Telefree”, disse o vereador, salientando que alguns parlamentares pretendem, através de projeto de lei, regulamentar o marketing multinível no Brasil. Para Roque Pereira, “a Telexfree é uma empresa como outra qualquer, que gera empregos e investimentos. Não estou aqui para fazer julgamento precipitado, mas algumas pessoas dizem que a Justiça do Acre trabalhou justamente para favorecer os bancos Bradesco e Itaú”. Em sua opinião, o que causa perplexidade “é que uma juíza estadual fez um bloqueio em nível federal. Eu acho que cada estado tem que ter responsabilidade com a sua Justiça”, argumentou, salientando que “a Justiça do Acre não tem boas referências no país, embora tenha alguns juízes e promotores honestos”. O vereador espera que a Justiça reveja a medida que determinou a suspensão de pagamento e novos cadastros da Telexfree. “Essa empresa estava dando lucro aos seus investidores, inclusive o Governo Federal recolheu da Telexfree, em maio de 2013, um valor de quase 60 bilhões de reais. Se a empresa é ilegal, o imposto também foi recolhido de maneira ilegal”, pontuou.