As interdições de rodovias baianas, sem as devidas providências do governo do estado para assegurar o direito de ir e vir do cidadão, causaram indignação na Assembleia Legislativa, nesta terça-feira (3). Depois de enfrentar mais um engarrafamento na BR-324, provocado por manifestantes que ocuparam a via durante sete horas nos dois sentidos, o deputado estadual Carlos Geilson (PTN) cobrou agilidade do governo no processo de negociação. “Essa situação tem sido rotina em nosso estado. Milhares de pessoas tiverem um prejuízo incalculável por não poderem cumprir seus horários. São consultas marcadas, trabalho, voo... Saí de Feira de Santana às 8 horas e só consegui chegar em Salvador às 11 horas, porque deixei a BR-324 e peguei a BR-110, passando por São Sebastião do Passé e, em seguida, a BA-093, por Camaçari. O governo é culpado sim, já que fica de braços cruzados esperando não sei o quê”, reclamou. O parlamentar deixou claro reconhecer o direito de qualquer cidadão brasileiro fazer reivindicações, mas não de impedir o ir e vir do outro. “A Polícia Rodoviária Federal chega ao local e não toma providências, a Polícia Militar também não. E não é o caso de coagir ninguém, mas dialogar com os manifestantes e chegar a um denominador comum. Em Salvador, por qualquer questão o trânsito é interrompido e a cidade para. Peço encarecidamente ao líder do governo que leve esses problemas ao governador Jaques Wagner”, pontuou. A BR-324 foi interditada no trecho do km-594, na altura do povoado Menino Jesus, na cidade de Candeias, antes das 6 horas e liberada às 13 horas, conforme a Policia Rodoviária Federal. Os moradores da localidade são contra o fechamento de desvios que ligavam o povoado ao viaduto de Candeias, permitindo a passagem sem o pagamento do pedágio. No início da manhã de hoje, manifestante também bloquearam a BA-531, a Estrada da Cascalheira, perto de Cajazeiras de Abrantes, por quase 3 horas.