O senador Walter Pinheiro (PT) defendeu, nesta segunda-feira (16), seu posicionamento sobre a reforma eleitoral, argumentando, inclusive, sobre o fim da contratação de cabos eleitorais, previsto na proposta da minirreforma eleitoral (PLS 441/2012). A proibição da contratação dos cabos eleitorais é um dos pontos polêmicos do projeto e estava prevista em emenda rejeitada pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), que impôs limites, mas não acabou com a contratação. Para o senador, a contratação de militantes pagos cria anomalias e mancha o processo eleitoral. Pinheiro afirmou que, especialmente em estados menores, os cabos eleitorais podem determinar o resultado de uma eleição. "Quem tem o poder econômico ainda coloca na prestação de contas, legaliza a compra de votos", criticou. Walter Pinheiro lembrou que, desde 2011, o Senado discute mudanças que já poderiam valer para as próximas eleições, mas foram proteladas. Entre os principais pontos que deveriam ser debatidos, o senador citou a falta de conteúdo programático das coligações e o financiamento das campanhas. Ele afirmou que o uso do poder econômico tira o aspecto democrático das eleições. "A força do poder econômico determina quem vai e quem não vai para uma vitória no processo eleitoral", lamentou.