Uma comissão formada por representantes do Ministério da Saúde, da Secretaria da Saúde de Feira de Santana, da Coordenação Estadual do Programa Mais Médico e o tutor do médico cubano Isoel Gomez Molina, que atua na UBS do Viveiros, o ouviu na tarde desta quinta-feira, 21, sobre o caso da prescrição do medicamento Dipirona e concluiu que não houve erro no procedimento adotado. Ele vai retornar às atividades na próxima segunda-feira, 25 – foi afastado até que os fatos fossem devidamente apurados. Para o coordenador estadual do Programa Mais Médicos, Washington Abreu, a dosagem indicada pelo médico está correta. As 40 gotas indicadas não eram para ser ministradas em dose única, mas divididas em quatro vezes, a cada seis horas, como consta na receita, desde que a criança sentisse dor ou apresentasse um quadro febril, e explicou detalhadamente à mãe da criança que seriam dez gotas, apenas, por vez. Gilmara dos Santos afirmou em entrevistas que Isoel Gomez a orientou sobre fracionamento. Washington Abreu explica que o médico prescreveu a dose diária, como é comum onde trabalhou, e não fracionada, comum no Brasil. “O ouvimos e ele confirmou que a dose deveria ser fracionada em quatro vezes. Não estou vendo problema na prescrição fracionada porque o raciocino clínico foi correto”. O coordenador afirmou também que a equipe não julgou a conduta do médico, mas esteve na cidade para ouvi-lo. Disse que os médicos do programa no estado passarão por reforço no treinamento na prescrição dos medicamentos da atenção básica. “O método deve ser ajustado”. Comentou que foi correta a decisão da Secretaria de Saúde em afastar o médico até que a situação fosse esclarecida. “Foi uma maneira de preservá-lo e o programa, também”. A secretária de Saúde, Denise Mascarenhas, disse que a as declarações da mãe da criança bem como as avaliações feitas durante a reunião pesaram na decisão de manter Isoel Gomez no quadro do programa. “Tudo foi devidamente esclarecido”. Outro ponto foi o abaixo-assinados de 12 folhas e dezenas de assinaturas enviado pelos moradores do Viveiros, pedindo que o médico continuasse no conjunto. (Secom)