A palavra é forte: desgraça. Mas, infelizmente, nenhuma outra define melhor a situação da Saúde Pública na Bahia, principalmente em Feira de Santana. No dicionário, desgraça tem muitos significados. Acontecimento triste, calamidade e situação angustiante são alguns deles, o que reforça a ideia de que nenhuma palavra traduz melhor a saúde baiana. Mesmo com todo esforço do "Dr. Pitangueira", o Hospital Geral Clériston Andrade é um caos. Falta tudo: desde vaga no corredor a disposição para o trabalho de alguns médicos, que desejam um justo aumento de salário. O PT e sua turma do governo tem a sua parcela de culpa pela desgraça, mas chegou a hora de dividir as responsabilidades. O Clériston não dá conta da demanda e Feira de Santana precisa urgente de uma segunda alternativa. A reabertura do Hospital Dom Pedro de Alcântara seria uma saída. Depende de diálogo do prefeito José Ronaldo (DEM) com o governador Jaques Wagner (PT), fato que parece longe de acontecer, apesar da gravidade e urgência do assunto. O fato é que enquanto a vaidade política prevalecer entre petistas e democratas, mais pessoas irão morrer e, infelizmente, a desgraça da saúde seguirá nos afligindo.