A história recente da Câmara Municipal de Feira de Santana é manchada por escândalos: vereadora que finge ida a Congresso; vereador que bateu em tio; vereador envolvido em suposto atentado e vereador que ameaça bater em jornalista. Mas os nossos valorosos edis estão sempre dispostos a se superar. Essa semana, uma denúncia anônima que motivou o Ministério Público a suspender o concurso público que seria realizado pela Câmara, despertou a ira de alguns vereadores. O denunciante, que também é vereador, foi absurdamente adjetivado de “canalha e covarde” pelos colegas defensores do concurso, mesmo com o MP atestando que existe irregularidade no processo de licitação. Ou seja: representantes legítimos do povo consideram crime alguém fazer o que é correto e de direito e tentam minimizar o erro ridicularizando o acerto. Apesar de ter o direito do anonimato previsto em lei, o vereador-denunciante foi chamado de Judas e pressionado para confessar o suposto “pecado” em plenário. Manteve-se calado e provavelmente tranquilo, afinal quem está traindo o povo não é ele…