Baseando-se numa reportagem do programa Fantástico, divulgada no último domingo, o vereador José Carneiro Rocha (PSL) levou à tribuna da Câmara, nesta segunda-feira (26), um debate sobre a situação “caótica” que está a saúde pública no Brasil, em especial em Feira de Santana. Segundo ele, a referida matéria, mostra que no Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA) falta leito, médicos e medicamentos. “Sabemos das dificuldades da população que precisa de um atendimento no Clériston Andrade. Lá temos equipamentos encaixotados. O que está acontecendo em nosso país é falta de respeito com a nossa população”, disse Carneiro. Conforme a matéria, em 85% dos hospitais visitados pelo Tribunal de Contas da União (TCU), os administradores disseram que a estrutura física das unidades não era adequada. E em 77% dos hospitais falta algum tipo de equipamento. Em 23%, eles não foram instalados, como no Hospital Geral Clériston Andrade, onde “há um tomógrafo, que custa em torno de um milhão de reais, que está encaixotado no corredor, segundo a reportagem do programa Fantástico, da Rede Globo”, reclamou o edil. Ele descreveu a dificuldade que a população tem para marcação de consultas com especialistas e realização de exames. “A precariedade não fica apenas no Hospital Clériston Andrade. Temos problemas também no serviço de saúde prestado pelo Governo Municipal. Temos que se lembrar das dificuldades que o feirense tem em marcar uma consulta ou realizar exames. Hoje, a pessoa espera seis meses para conseguir fazer uma tomografia. Outra dificuldade é marcar consulta com um cardiologista e um endocrinologista. A saúde precisa melhorar muito”, afirmou. Para a vereadora Neinha (PMN), faz saúde quem sabe. “No Clériston tem mais de 60 leitos sem utilização em um anexo, que também não é utilizado e, enquanto isso, os corredores estão lotados, sem condições de realizar mais atendimentos. As pessoas estão morrendo lá dentro por falta de assistência”, desabafou. O líder do Governo na Câmara, Carlito do Peixe (DEM), ressaltou que o problema dos atendimentos precários no Município é por conta dos “baixos valores” que o Sistema Único de Saúde (SUS) paga aos médicos e outros profissionais de saúde. Seguindo a mesma linha, o vereador Correia Zezito (PTB) disse que não sabe como os profissionais de saúde de Feira de Santana conseguem cumprir carga horária com salários baixos.