Empenhados e mobilizados em discutir saídas que evitem o fechamento da empresa Yazaki, em Feira de Santana, reuniram-se na Secretaria de Indústria, Comércio e Mineração (SICM) em Salvador, o secretário James Correia, o deputado estadual Zé Neto, líder do governo na Assembleia Legislativa, o deputado federal Fernando Torres, o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT-BA), Cedro Silva, o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, Fábio Dias, além de representantes dos Sindicatos dos Petroleiros e Rodoviários. A Yazaki, que concedeu desde a última terça-feira (10)
licença remunerada pelo período de 20 dias para a maioria dos seus funcionários lotados na fábrica de Feira de Santana, não havia requisitado o governo para dialogar a cerca das insatisfações que levaram à decisão de fechar a unidade. James Correia relata: “Havia nas visitas a Feira de Santana uma preocupação geral das empresas com a conjuntura econômica, mas, principalmente, com o aumento do IPTU que está assustando as empresas. No caso da Yazaki, que tem mercado garantido na fabricação para Ford na Bahia, não faz nenhum sentido ela sair da região”. Sobre a motivação de crise do setor automotivo que levou a fabricante de autopeças a adotar medidas para preservar sua competitividade no país, Fábio Dias afirma que a Yazaki não encontra em Feira de Santana problemas que desencadeiem o fechamento. “O produto deles vem de um sistema de energia da Ford, vendem sem impostos, a operação vem de lá exonerada. Os impostos federais, o que têm aqui terão em Sergipe ou qualquer estado que forem. O sindicato não tem nenhum processo coletivo contra a empresa”, conta o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos. O deputado Zé Neto lembra que a empresa sempre teve todo apoio do governo do Estado, inclusive, a fábrica é instalada num prédio do governo estadual de forma gratuita. “As informações que temos é que ela teria transferido suas ações para Sergipe, e nos parece mais uma vez a história dos incentivos fiscais, desse ‘capital Andorinha’, que fica um tempo num canto, um tempo no outro”, revela sobre a situação que considera delicada. James Correia acha que não existe justificativa – IPTU alto, Sindicato combativo ou mesmo a localização fora de Camaçari – para decidirem se deslocar do município. “Feira de Santana é um destino preferencial das empresas que estão chegando à Bahia - de tecnologia, alimentação.Queremos atrair novas empresas, gerar novos empregos e foi uma surpresa esta decisão da Yazaki ”. Também haverá na próxima segunda-feira (16), às 8 horas, mobilização em prol da causa na Prefeitura de Feira de Santana. O líder do governo na Assembleia Legislativa da Bahia, Zé Neto declara: “Como sempre fizemos, estamos solidários e juntos com o Sindicato dos Metalúrgicos, com a CUT e com os interesses da cidade, que nesse momento converge para evitar essa situação que, com certeza, é um baque em nossa economia e mercado de trabalho”.