Desde fevereiro deste ano o Governo Municipal iniciou um amplo debate, com diversos setores da sociedade, sobre o futuro Shopping Popular, iniciativa do projeto Pacto da Feira, que visa recuperar a ordem no centro comercial e dar a lojistas e ambulantes uma nova perspectiva de negócios. O comentário, feito pelo secretário de Turismo, Trabalho e Desenvolvimento Econômico, Antonio Carlos Borges Júnior, é para “tranquilizar” o vereador Beldes Ramos (PT). Em pronunciamento na esta semana, o petista mostrou preocupações com o projeto encaminhado pelo Poder Executivo à Casa pedindo autorização para a construção do Centro de Comércio Popular. “O intenso trabalho de consulta e de esclarecimento à comunidade contemplo inclusive a Câmara Municipal, onde foi realizada uma concorrida audiência pública, como deve recordar-se o vereador”, disse Borges Júnior. O projeto, que deve ser viabilizado através de uma Parceria Público Privada (PPP), visa solucionar o antigo problema de ocupação do centro comercial pelos camelôs. A primeira ação do Governo, visando levar o projeto ao conhecimento da sociedade, foi o Conselho Municipal de Desenvolvimento Econômico. Posteriormente, o tema foi apresentado em audiência pública com os ambulantes instalados do centro comercial. “Houve aprovação da proposta por unanimidade, pelos interessados”, observa o secretário. Na audiência pública realizada na Câmara foram apresentados o projeto do Shopping e a metodologia de estudo da PPP a ser concretizada. A sessão foi presidida pelo vereador Alberto Nery, que faz parte da bancada de oposição ao Governo. Na ocasião, estiveram presentes deputados oposicionistas, além de várias outras autoridades. A classe política, diz o secretário, precisa estar em sintonia com os anseios das lideranças empresariais e dos ambulantes. “Este projeto vai atender aos anseios da sociedade feirense. De uma vez por todas e de forma compartilhada, iremos viabilizar um espaço que atenda a todos ambulantes que estão nas principais ruas do centro comercial, a exemplo das ruas Sales Barbosa, Marechal Deodoro, Getúlio Vargas e adjacências”, afirma Borges Júnior. O Pacto de Feira, rememora o secretário, foi lançado em fevereiro de 2013 pelo Governo Municipal com adesão de 21 instituições da sociedade civil com o objetivo de promover ações conjuntas de requalificação do centro comercial de Feira de Santana. O projeto foi alvo de audiências públicas com os principais atores - feirantes, ambulantes e comerciantes - onde foram apresentadas várias propostas, dentre as quais a viabilização de um Shopping Popular no Centro de Abastecimento. Analisada pelo Governo Municipal, revelou-se que a iniciativa contemplaria infraestrutura e ações de inclusão social. Identificou-se que o Centro de Abastecimento atenderia completamente aos anseios da comunidade. Daí em diante iniciamos a busca por uma parceria (PPP) e através da manifestação de interesse, investidores com know how em experiências semelhantes de sucesso em outros estados se comprometeram em investir junto com o Governo Municipal. Os comerciantes do setor de artesanato que hoje se encontram na área do Centro de Abastecimento serão relocados para a construção do Shopping Popular, “mas eles vão passar para um espaço muito mais confortável do que onde se encontram hoje e ainda com mais perspectivas de negócios”, esclarece o secretário ao vereador. Quanto as dúvidas apresentadas no discurso de Beldes em relação ao Shopping, o secretário é bem objetivo: “Ele teme a extinção do Centro de Abastecimento. Não deveria nem pensar em algo assim, pois é óbvio que, ao contrário de sua imaginação, o entreposto comercial será ainda mais revitalizado. O local do Shopping Popular é uma área vizinha ao próprio Centro de Abastecimento. Quer saber quanto será cobrado a cada ambulante para se instalar confortavelmente no Shopping. Podemos assegurar que o valor será dentro das possibilidades do comerciante. A concessão, que ele também questiona, será dentro da legalidade para o ambulante. E o investidor terá a gestão do espaço por um período determinado, sendo que ao final do prazo, o patrimônio pertencerá ao Município”.