Os artesãos de Feira de Santana, que realizam suas atividades no Centro de Abastecimento, foram à sessão legislativa, nesta segunda-feira (10), objetivando o apoio da Câmara Municipal de Feira de Santana para que a categoria possa continuar trabalhando no referido entreposto comercial. Representando os artesãos, Lícia Maria Jorge fez a leitura de uma carta contendo, entre outras coisas, um desabafo da categoria: “o Poder Público Municipal planeja acabar com o espaço do artesanato do Centro, em nome da construção de um shopping popular, projeto implantado sem qualquer discussão. Querem nos colocar em um local totalmente inadequado para nosso trabalho. Soubemos disso por terceiros, pelo Sindicame e por meio também de uma placa de obra, localizada na rua Olímpio Vital”, disse. Lícia citou as principais reivindicações dos artesãos. “Defendemos a manutenção do artesanato no mesmo local, um projeto de revitalização total do Centro de Abastecimento e a sua transformação em autarquia”. Segundo ela, o Centro de Abastecimento sempre foi uma autarquia municipal. “Todos os vereadores têm conhecimento disso. Só que, hoje, ele foi transformado em uma secretaria e, por isso, está nesse descaso. O Centro de Abastecimento deve ter administradores escolhidos por nós, para que o Centro de Abastecimento tenha de volta o respeito e um papel de destaque na nossa cultura, história e tradição”, disse. Lícia Maria observa que o município de Feira de Santana precisa também reformular o Plano Diretor, “para que os trabalhadores não sejam penalizados. Estamos aqui dando um grito de socorro, para que vocês apóiem nossa causa; não apóiem projetos que sejam de morte para nós, têm que ser de vida. É isso que viemos pedir a vocês: apoio para a vida, para a cultura e para a tradição”, pontuou. Buscando discutir melhor o assunto, o presidente da Casa da Cidadania, vereador Justiniano França (DEM), deixou marcada uma reunião, amanhã, às 15 horas, no Legislativo, com a participação de vereadores, de uma comissão dos artesãos e dos secretários Carlos Brito (Planejamento) e Antônio Carlos Borges Júnior (Turismo e Desenvolvimento Econômico). “Eu tenho certeza de que a gente precisa esclarecer várias questões. Existem equívocos e só com diálogo a gente pode resolve-los”, disse o democrata.