O presidente da Câmara Municipal, Ronny (PSDB) concedeu, nesta quarta-feira (01), espaço para que funcionários do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) se pronunciassem a respeito da suposta agressão física a um técnico de enfermagem praticada pela coordenadora do órgão, Maísa Macedo, o que culminou no afastamento temporário das atividades dos dois servidores, até que sejam apurados os fatos pela sindicância instaurada pela secretária municipal de Saúde, Denise Mascarenhas. Representando a categoria, o enfermeiro Edklécio Mendonça tomou a palavra e agradeceu ao Poder Legislativo pelo espaço concedido. “Agradeço através do presidente da Câmara, o vereador Ronny, ao Poder Legislativo, pelo espaço, por permitir que nós tivéssemos voz. Entendemos que vocês são representantes deste povo e cabe também ao Legislativo a fiscalização dos atos do Executivo”, disse. Edklércio lembrou que o Ministério Público do Trabalho acatou ações de funcionários do Samu. “O próprio Ministério Público do Trabalho entendeu e acolheu ações. O Ministério Público funciona sendo provocado e, se ele acreditar que não há indícios, ele não se manifesta, mas tanto em 2012 quanto em 2014 houve a abertura de inquérito. Ações que existem de assédio dentro do Samu. Infelizmente, chegamos ao pico máximo, que é uma possibilidade de agressão da coordenadora a um funcionário em serviço”, salientou. Em seguida, o enfermeiro explicou como ocorreu a situação relatada pelo técnico de enfermagem Diego Cerqueira Vidal dentro da sede do Samu, que resultou na acusação de agressão física. “No momento em que o técnico estava em seu momento de descanso, após a desinfecção da ambulância do Samu, ele foi solicitado e julgado pela coordenação geral por estar desatento ao serviço, por não estar em atendimento naquele horário”, disse Edklércio, lembrando que a ocorrência a qual Diego deveria se encaminhar era de um paciente com problemas psíquicos. “Atendimento que não traz risco de vida a ninguém, somente da equipe, pois neste tipo de ocorrência só pode haver o deslocamento com a presença da Guarda Municipal. Por isso, não vejo indícios de irregularidades do técnico Diego, que explicou o motivo da sua demora, pois estava verificando medicações vencidas, como o protocolo mensal recomenda”, informou. Documentos que comprovam supostas irregularidades praticadas pela gestora do Samu, Maísa Macedo, foram entregues à Câmara Municipal de Feira de Santana, como forma também de justificar a solicitação da categoria de afastamento definitivo da coordenadora. Na documentação tem denúncias acatadas pelo Ministério Público Federal, Ministério Público do Trabalho, bem como relatórios que apontam irregularidades no processo de regionalização da instituição e uso indevido do dinheiro público. “Com estas provas não há como se manter uma pessoa como esta, nem tampouco que profissionais inscritos na seleção sejam avaliadas por ela”, ressaltou.