No último sábado (04), o jornal Folha do Estado publicou reportagem em que os gestores do Hospital Geral Clériston Andrade, José Carlos Pitangueira e Alexandre Silva Dumas estão sendo investigados pelo Ministério Público. Segundo o jornal, o MP estaria investigando irregularidades na execução do Mutirão de Cirurgia de Varizes, que aconteceu entre setembro de 2013 e maio de 2014. Em contato com o Blog do Velame, Pitangueira negou que exista ação no Ministério Público contra ele. “Conversei com o promotor Tiago Quadros e ele me garantiu desconhecer qualquer investigação contra mim no MP até essa segunda-feira (06). O promotor informou que tudo que foi solicitado de informações sobre o HGCA foi prontamente respondido por nós”, revelou. O diretor geral do HGCA explicou ainda que não existe contrato no valor de R$ 15 milhões e que o próprio Ministério da Saúde tem feito auditorias em relação ao Mutirão e nenhuma irregularidade foi constatada. “Recebemos da SESAB R$ 1,5 milhão mensalmente para pagar todas as despesas do hospital nesses 10 meses” justificou. Na matéria do jornal é dito que as cirurgias oferecidas pelo mutirão custariam em instituições privadas menos do que o HGCA estaria pagando. Entretanto, Pitangueira apresentou ao blog cópias de notas fiscais (foto) de procedimentos idênticos feitos no Hospital EMEC de Feira de Santana com valores entre R$ 5.600 e R$ 5.800 – ou seja – valor maior do que o pago por procedimento no Mutirão. “Tudo que foi comprado de material foi feito através de registro de preço através da SESAB e de acordo com os valores abaixo dos apresentados na tabela SIMPRO, que é a mais completa e confiável referência de preços de medicamentos e materiais”, explicou se referindo a compra de estiletes e cateter especiais usados nas 457 cirurgias realizadas pelo programa. O Mutirão de Cirurgia de Varizes é realizado no Clériston Andrade e em mais quatro hospitais da Bahia; Ernesto Simões Filho, Menando de Fárias, Roberto Santos e Hospital de Vitória da Conquista.