Nesta terça-feira (04), foi votado na Câmara Municipal de Feira de Santana, em discussão única, o projeto de decreto legislativo de nº 44/2015, que opina pela aprovação, por que regulares, porém com ressalvas, das contas da Prefeitura Municipal de Feira de Santana, relativas ao exercício financeiro do ano de 2013. A matéria teve a aprovação da maioria dos edis, com votos contrários dos vereadores Alberto Nery (PT), Beldes Ramos (PT) e Edvaldo Lima (PP). De acordo com o artigo 1º projeto, ficam aprovadas as contas da Prefeitura Municipal de responsabilidade do gestor José Ronaldo de Carvalho, que tramitam no Tribunal de Contas dos Municípios do Estado da Bahia, no processo de nº 08026-14, resultando no parecer prévio, publicado no Diário Oficial Eletrônico do TCM no dia 19 de dezembro de 2014, em que neste ato é acatado. Já o artigo 2º diz que este decreto legislativo entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário. Na discussão da proposição, o vereador Edvaldo Lima (PP) criticou o fato de os vereadores terem recebido o projeto apenas no dia anterior, não tendo tempo hábil, segundo ele, de fazerem uma análise mais detalhada. “Em 24 horas não podemos fazer uma análise buscando ponto a ponto”, afirmou o edil, pedindo o adiamento da votação. O líder do governo, o vereador José Carneiro (PSL), disse que respeita a forma de fazer política dos seus colegas, mas não entende o que passa na cabeça de um vereador que se torna oposição e radicaliza a ponto de querer fazer o milagre da transformação. “O TCM deu parecer favorável à aprovação da matéria e, mesmo assim, ainda ouvimos o radicalismo prevalecer e querer, de uma forma ou de outra, provocar questões políticas, com objetivo único e exclusivo de tentar denegrir a imagem do governo”, disse Carneiro, se referindo ao vereador Edvaldo Lima. O líder da bancada de oposição, vereador Alberto Nery (PT), leu um parecer do Ministério Público, que pede, diferente do TCM, a reprovação das mesmas contas do prefeito José Ronaldo. O petista pediu prudência e adiamento por duas sessões, para que os vereadores pudessem procurar alguém mais preparado para ajudá-los a analisar o parecer. “Está aqui o parecer do Ministério Público apontando atos ilícitos praticado pelo poder público municipal”, salientou. Nery disse que não quer fazer politicagem, e sim política de forma séria. Apesar da justificativa do oposicionista, a proposta para o adiamento da votação do projeto não teve o apoio da bancada governista.