A audiência pública para discutir a regionalização do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) na região de Feira de Santana realizada sexta-feira (07) passada, foi tensa. O enfermeiro Edklercio de Mendonça, que atua no Samu há 11 anos, se posicionou veementemente contra a regionalização e causou desconforto nas autoridades presentes, como os deputados Jorge Solla e Zé Neto, e principalmente o prefeito de Santo Estevão, Orlando Santiago. Edklercio definiu como “empurroterapia” a possibilidade de 28 municípios vizinhos encaminharem pacientes pra Feira. “Serão 28 cidades desestruturadas encaminhando pacientes, de portas abertas, através do Samu, para dentro de Feira. Entretanto, não foram construídas as 4 UPA´s e as 23 salas de estabilização que constam no projeto”, denunciou. Ao ouvir a fala do enfermeiro, Orlando Santiago se irritou e se retirou do auditório resmungando, mas sem explicar os questionamentos feitos a ele. Em forma de protesto funcionários do Samu levantaram cartazes durante discurso do deputado federal Jorge Solla, que também se posiciona a favor da regionalização. “Precisamos primeiro organizar a rede, a estrutura fixa, para que o Samu, quando regionalizado tenha amparo de uma rede organizada para receber pacientes. Senão, estaremos apenas mudando o endereço dos óbitos, que deixarão de morrer em outros municípios e morrerão nos corredores do Cleriston Andrade”, finalizou Edklercio.
Clique e assista o "piti" do prefeito de Santo Estevão.