No uso da tribuna, nesta quarta-feira (14), na Casa da Cidadania, o vereador Pablo Roberto (PMDB) chamou a atenção dos colegas para fatos desagradáveis que estão acontecendo na Secretaria Municipal de Transporte e Trânsito de Feira de Santana - SMTT. O peemedebista sugeriu aos seus pares uma audiência com o secretário da pasta e, caso não aja esclarecimento por parte de Ebenezer Tuy, que os fatos sejam levados ao conhecimento do prefeito José Ronaldo de Carvalho. “Quero aqui chamar a atenção de todos para uma reflexão sobre algumas coisas que estão acontecendo na Secretaria de Trânsito. Devemos marcar uma conversa com o secretário Tuy e com o superintendente Francisco Júnior, caso eles não consigam fazer os esclarecimentos, que levemos nossas dúvidas ao prefeito. Uma coisa é a pessoa infringir a lei e a Secretaria ter a obrigação de fiscalizar, outra coisa é a pessoa ser humilhada”, pontuou. O parlamentar relatou que não recebe o tratamento adequado na supracitada Secretaria. “Eu me sinto angustiado quando vou àquela Secretaria. Quando chegamos lá, nós cumprimentamos os funcionários e quase sempre não somos retribuídos. Certa feita, eu cheguei lá às 8h30 e só sai às 11h30. Se esse tratamento é dado a uma autoridade do Município, imagine à população? Queremos um tratamento melhor, mesmo as pessoas que infringem a lei devem ser respeitadas”, avaliou Pablo. Para reforçar o discurso, o edil relatou que uma pessoa teve sua motocicleta cinquentinha apreendida e não teve a oportunidade de apresentar documentos pessoais e da moto, bem como não recebeu nenhuma notificação. “Enquanto o senhor comprava o pão, os policiais militares colocaram a moto no guincho, não pediram a identificação e não deixaram nenhuma notificação. Esta pessoa ficou quase uma semana indo todos os dias para o Dentran tentando resolver o problema. Sem contar que o custo é alto: R$ 250,00 pelo guincho e em média R$ 50,00 por dia pelo pátio”, informou o peemedebista. O vereador também reclamou da demora na liberação de veículos apreendidos. Segundo Pablo, mesmo com a apresentação de documentos, o veículo apreendido, na sexta-feira pela manhã, por exemplo, só é liberado na segunda-feira. “A obrigação é aplicar a sanção, notificar e liberar o veículo, mas eles não estão liberando no mesmo dia, só no dia seguinte. Só posso entender que há interesses por traz disso. O valor que se paga é alto e, se calculado quantos carros eles apreendem, as viagens que dão e os dias que ficam no pátio veremos que é um valor maior ainda. Precisamos saber do secretário onde está escrito na lei que o carro apreendido em uma sexta só pode ser liberado na segunda”, disse Pablo. Em aparte, o vice-líder do Governo, vereador Marcos Lima (PRP), afirmou que a SMTT está deixando muito a desejar e que o superintendente da pasta, Francisco Júnior, não atende bem as pessoas, sendo arrogante. “Essa opinião é unânime entre os vereadores. Levaram o carro de um rapaz, a carteira e ainda disseram: ‘não converse não, senão te levamos para o presídio’. Não é esse o tratamento que deve ser dado às pessoas”, disse. Também em aparte, o vereador Roque Pereira (PTN) garantiu que os edis não estão satisfeitos com a referida Secretaria. “Não estamos defendendo os ligeirinhos, mas se as pessoas fazem esse trabalho é porque têm necessidade. Mas, tem um indivíduo naquela pasta que só trabalha com a pistola em cima da mesa, isso não pode acontecer”, observa Na sequência, o líder do Governo na Casa, vereador José Carneiro Rocha (PSL), disse não ter dúvidas de que os problemas existem e que também não concorda com a liberação dos veículos não acontecerem no mesmo dia da apreensão. “Se o veículo está legal, não vejo razão para ficar no pátio até o dia seguinte”, pontuou. De volta com a palavra, Pablo afirmou que se faz necessário o agendamento com urgência. “Não temos como citar problemas em uma Secretaria sem falar do secretário. Ele nos atende bem, mas precisa tomar mais pulso e organizar melhor algumas situações”, finalizou.