O presidente da Comissão de Direitos Humanos e Segurança Pública da Assembleia Legislativa da Bahia, deputado estadual Marcelino Galo (PT), conseguiu coletar em seis dias a assinatura de 60 dos 63 deputados à moção que defende o fim do bloqueio econômico, financeiro e comercial a Cuba. O documento de 4 páginas, que representa o posicionamento oficial do parlamento baiano pelo fim do bloqueio imposto ao país socialista desde 1962, será apresentado na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), no mês de setembro, em Nova York e em um colóquio em Washington. De acordo com Galo, as três assinaturas restantes só não foram coletadas ainda por não ter encontrado os deputados Luiz Augusto, Targino Machado e Robério Oliveira em virtude de compatibilidade de agendas. “Se depender da Assembleia Legislativa da Bahia, o bloqueio acaba hoje mesmo. É o único parlamento no mundo onde esse entendimento é praticamente unânime, porque até no Congresso Nacional, até agora, só se conseguiu o apoio de pouco mais do que 85 parlamentares”, frisou o deputado. “Não tem justificativa para a manutenção do bloqueio. Ele só seria admissível entre países beligerantes, o que não é o caso dos Estados Unidos e Cuba. Portanto, não tem cabimento asfixiar Cuba, impedir o seu desenvolvimento cientifico, econômico e social com um bloqueio que já lhe causou prejuízos econômicos superiores a ordem dos 116 bilhões de dólares”, enfatiza Galo. Além da Assembleia Legislativa da Bahia, as Casas Legislativas dos estados do Rio Grande do Sul, Ceará, Pernambuco e São Paulo também articulam uma moção de apoio a Cuba e pelo fim do bloqueio econômico, financeiro e comercial. Atualmente, com o restabelecimento de relações diplomáticas entre Estados Unidos e Cuba, a principal reivindicação é o fim do bloqueio econômico. Mas apenas o Congresso americano pode determinar o fim do embargo, visto que ele foi criado a partir de leis locais, há mais de 50 anos.