Em pronunciamento na Assembleia Legislativa da Bahia, nesta segunda-feira (28/9), o deputado estadual Carlos Geilson cobrou da Secretaria de Segurança Pública e da Polícia Federal, que abram uma investigação rigorosa sobre o atentado sofrido pela Rádio São Gonçalo, em São Gonçalo dos Campos, região metropolitana de Feira de Santana. Na madrugada de sexta-feira (25), o transmissor principal da rádio foi incendiado. “Esse é um atentado à liberdade de expressão. Estão tentando calar os profissionais dessa rádio. Eu clamo para que o secretário Maurício Barbosa determine uma investigação, para saber o motivo e os mandantes. E, vou mais além, por ser uma concessão federal é preciso que até mesmo a Polícia Federal esteja empenhada nesse caso”, frisou Geilson. O diretor da rádio, Ronaldo Pinto Nascimento, prestou queixa na delegacia da cidade. Ninguém ficou ferido na ação. De acordo com o diretor, o transmissor já foi alvo de um incêndio no ano de 2007. “É inaceitável que nesse momento em que vivemos, de plena democracia, alguém que tenha seus interesses contrariados, resolva calar a voz de uma emissora de 55 anos, uma voz forte do recôncavo baiano. Nós, profissionais de comunicação estamos cobrando essa investigação. Não podemos voltar ao tempo do coronelismo!”, alfinetou o deputado. Geilson ainda aproveitou o discurso para cobrar explicações do governo estadual a respeito da dispensa de licitação para a compra de um imóvel em Feira de Santana, para implantação da 3ª Ciretran, em Feira. “Esse imóvel da Ebal (Empresa Baiana de Alimentos) fica no bairro do Cruzeiro em Feira, que é um bairro popular. Eu que conheço a área, questiono o valor, pois são mais de R$ 9 milhões. Quem de fato fez a vistoria desse prédio? A dispensa de licitação pode estar de acordo com a legislação, mas meu questionamento é sobre o valor, que ao meu ver é exorbitante para esta área”, questionou Carlos Geilson.