No uso da tribuna da Casa da Cidadania, nesta terça-feira (13), o vereador Beldes Ramos (PT) criticou o anúncio de obras para construção do Shopping Popular, que será realizada amanhã (14) no Paço Municipal. “Fico analisando que o Shopping Popular será construído justamente em um espaço que tem importância histórica e patrimonial para Feira de Santana e para a Bahia. Inicialmente, a Prefeitura queria construir onde funciona o artesanato, mas por uma representação judicial está impedida. Agora, querem fazer onde ficam os vendedores de verduras e peixes. E os comerciantes só receberam esta notificação há 15 dias. E para onde vão? Ninguém sabe, nem mesmo a Prefeitura sabe”, disparou Beldes. Ainda na tribuna, o petista afirmou que não respeitar o trabalhador é uma prática do governo José Ronaldo. “Um dia antes de iniciar as obras do BRT foi que informaram aos comerciantes daquele local. Se chegarmos lá hoje não há um comércio de portas abertas. A intenção desta gestão é exterminar o Centro de Abastecimento. Com as pessoas do artesanato está havendo perseguição, pois um secretário disse que se continuarem se movimentando não vão receber mais nada da Prefeitura”, revelou. Em aparte, o líder do PT na Casa, vereador Alberto Nery parabenizou o colega pelo discurso e disse que o prefeito de Feira de Santana consegue transtornar a vida do feirense. “Tanto no que diz respeito ao transporte quanto ao comércio. Pedimos para liberar os tapumes da Maria Quitéria, para que o comércio fluísse normalmente, mas até hoje não adotaram nenhuma medida neste sentido. O prefeito criou três sinaleiras que conseguiram engarrafar a cidade, até mesmo a noite e nos finais de semana”, pontuou. Fazendo o contraponto, o líder do Governo na Casa, vereador José Carneiro Rocha (PSL) defendeu que a situação da avenida Maria Quitéria é culpa dos que pregam “o quanto pior, melhor”. “Pregam que Feira não pode crescer, porque senão não chegam ao poder. Usam política rasteira para prejudicar o Governo. Quanto ao Shopping Popular, amanhã haverá a assinatura para sua construção e não tenho dúvida de que isso já foi discutido e debatido. A população quer e precisa”, defendeu. De volta com a palavra, Beldes disse que o chefe do Executivo pretende empurrar “goela a baixo” da população seus projetos. “Isso é política rasteira, um total desrespeito ao trabalhador. Está prejudicando as pessoas para enaltecer as pedras. Se fosse com empresários, a coisa seria tratada de forma diferente, mas como é o trabalhador, vendedor de verduras acontecesse dessa maneira. Por que o prefeito não assina essa ordem de serviço lá no Centro de Abastecimento, junto aos vendedores?”, questionou. Para finalizar, o edil Edvaldo Lima (PP) disse que política rasteira é o que o prefeito fez e faz por Feira de Santana, com obras paradas, prejudicando a população. O Mercado de Arte Popular, que está muito tempo parado, é um exemplo”, findou.