Servidores públicos em todos os níveis, no Brasil, devem ajustar as contas pessoais e estabelecer uma rigorosa austeridade em suas despesas no próximo ano. Com a crise econômica que se instalou no país, atingindo o comércio, indústria e serviços, estados, municípios e a União estão reduzindo drasticamente as suas receitas, o que vai impactar nos investimentos e até mesmo nos salários de pessoal dos órgãos públicos, em 2016. Vai ser necessário aos sindicatos de servidores agir com inteligência, para evitar o pior: as demissões. Entender que as prefeituras e os governos estaduais, com suas receitas estagnadas e em muitos casos reduzidas, não haverá condição favorável para reivindicação de reajustes salariais. Em todo o país, estados e municípios já se encontram em situação delicada. No Rio Grande do Sul, um dos estados mais ricos da federação, o governo está parcelando o salário do funcionalismo. Recentemente, a presidente da União das Prefeituras da Bahia, Maria Quitéria, declarou que cerca de 70% dos municípios do estado não vão conseguir, este fim de ano, pagar o 13º dos seus servidores. Este é o cenário, de norte a sul do país, o que exigirá compreensão por parte dos dirigentes sindicais representantes das diversas categorias do funcionalismo. Em 2016, prefeitos e governadores devem, mais do que nunca, adotar como prática uma frase antiga, mas extremamente atualizada para os dias atuais: vão-se os anéis, ficam os dedos.