A Sessão da Câmara Municipal desta segunda-feira (14) foi marcada por muitas cobranças da oposição ao Poder Executivo. O líder da bancada de oposição, o vereador Alberto Nery, questionou a viabilidade do lançamento do pacote de obras anunciado pela Prefeitura. “Eu gostaria que o prefeito terminasse as obras que tiveram início há meses, antes de lançar um novo pacote. Temos o exemplo do Mercado de Arte Popular, da avenida Airton Sena, da Praça da Cidade Nova. Onde vamos, existem pessoas pedindo a conclusão de uma obra. E não adianta dizer que a culpa é o atraso de repasse do governo federal, porque quando o município quer ele termina, pra ser reembolsado posteriormente, como aconteceu com a reforma Praça da Matriz”, declarou. Nery também questionou onde estão sendo aplicados os recursos arrecadados com o IPVA e com as multas de trânsito. “O município deve estar nadando em dinheiro. Foram R$ 32 milhões arrecadados só com o IPVA e mais de R$ 15 milhões em multas. Onde está sendo aplicado esse dinheiro? Enquanto isso, nós aprovamos leis que não são colocadas em prática. É o caso do temporizador nos semáforos que até hoje não foi instalado”, cobrou. A forma como foi conduzida a votação dos projetos enviados à Casa pelo Poder Executivo também foi criticada por Nery. “É uma pena que a maioria dos projetos de autoria do Executivo seja aprovada sem a discussão necessária, apenas porque a base de sustentação do governo representa a maioria. Como podemos aprovar um contrato de comodato com associações de bairros, cujos presidentes têm vínculo com o governo municipal, sendo exonerados apenas 5 dias depois da apresentação do projeto na Casa, após denúncias da oposição? Isso é lamentável”. Nery também questionou os colegas sobre o papel do vereador. “Apresentei uma emenda a Leio Orgânica com a proposta do Orçamento Participativo, valorizando nossa atuação na Casa, que não foi aprovado. Apresento um projeto que obriga as empresas que desenvolvem atividades poluidoras a contratarem um profissional técnico da área ambiental, visando a preservação do meio ambiente. O projeto sequer recebe um parecer coerente da Comissão de Constituição e Justiça, o que impediu sua tramitação. Por outro lado, a maioria dos colegas aprova um projeto que denota interesse escusos, beneficiando associações de bairros. Eu, pelo menos, estou com a consciência tranquila de que estou cumprindo meu papel e continuarei defendendo, mesmo sendo minoria, aquilo que acredito”, finalizou Nery.