Para combater a chegada de produtos contrabandeados e entorpecentes, uma operação batizada de ‘Céu Azul’ está sendo realizada no Aeroporto Internacional de Salvador pela Polícia Federal, Departamento de Polícia Técnica (DPT) e a Polícia Civil da Bahia, por meio do Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Draco) e da Coordenação de Operações Especiais (COE). Além dos voos internacionais, que normalmente passam pelo Raio X da Receita Federal, as bagagens de voos domésticos, sejam as de mão ou as que são transportadas no bagageiro da parte inferior das aeronaves, passaram a ser vistoriadas durante a operação, que começou na segunda-feira (25) e prossegue até sexta (29), também via terrestre, nos pedágios, porém, como o nome ‘Pista Limpa’. O chefe da divisão de repressão ao contrabando e descaminho da Receita Federal, Joselito Correia, informou que a intenção dos órgãos é intensificar o combate à chegada de drogas à capital baiana nas vésperas do Carnaval. “Quando vêm de fora, normalmente, são drogas sintéticas e, quando sai, daqui para a Europa, por exemplo, normalmente, é cocaína”. Correia disse ainda que voos oriundos de estados como Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, que fazem fronteira com países como Bolívia e Paraguai, passam por São Paulo e têm escala ou finalizam em Salvador, estão entre os priorizados pela operação. “Hoje [dia 26, segundo dia da operação no aeroporto], acabamos de fazer aqui apreensão de produtos contrabandeados que vieram da região de Foz do Iguaçu”. No caso dos produtos contrabandeados, ele explicou que o material é retido, e, em seguida, feito um termo de lacração. “Damos um prazo de 24 a 48 horas para que o contribuinte possa acompanhar a abertura do volume e possamos contar as mercadorias, qualificá-las e, a partir daí, fazer um auto de infração de perdimento. Além de [o passageiro] perder a mercadoria, a gente faz um processo de representação fiscal para fins penais, que encaminhamos para o Ministério Público Federal”. A Receita Federal e a Coordenação de Operações Especiais (COE) da Polícia Civil utilizam também cães farejadores na operação. Ao defender a utilização desses animais, o investigador de polícia e coordenador do canil do COE, Luis Bastos, explica que o “cão possui 250 milhões de células olfativas, enquanto que o humano tem cinco milhões. Eles [os cachorros] têm um poder muito grande de detectar a droga sem precisar abrir a bagagem, então, facilita muito o trabalho”. Até o momento, no aeroporto, não foi registrada nenhuma apreensão de drogas.