O vereador Alberto Nery utilizou a tribuna da Câmara de Vereadores nesta segunda–feira (25) para fazer diversos questionamentos sobre o serviço de coleta e armazenamento do lixo em Feira de Santana ao Poder Público Municipal. Nery, que também é presidente da Comissão de Meio Ambiente da Casa, indagou o Município sobre a legalidade do aterro utilizado atualmente pela Prefeitura. “Na última semana, vários veículos divulgaram a ausência de licença do aterro da Viva, usado pela prefeitura. Embora tenham tido 48 horas pra se manifestar, nada foi esclarecido. Agora, a Sustentare encaminha uma Nota de Esclarecimento pra Casa, dizendo que o lixo não está sendo depositado no aterro dela e, ainda segundo a nota, o aterro dela é legalizado. Então a prefeitura está cometendo crime depositando o lixo no aterro que não tem licença? Afinal de contas, em que pé está essa situação? Vamos encaminhar ofício à Secretaria de Meio Ambiente pra que ela se pronuncie, bem como levar a situação ao conhecimento do Ministério Público”, afirmou. Um aditivo ao contrato entre a empresa Sustentare e a Prefeitura também foi alvo de questionamento do edil. “Como pode num momento de crise como o que estamos vivendo agora, a Prefeitura conceder um aditivo de 15% ao contrato? Esse percentual representa mais de 50% acima da inflação. Ouvimos aqui diversas vezes os representantes dizerem da dificuldade financeira para conceder aumento aos trabalhadores que estiveram em greve na cidade, mas incrivelmente para atender a uma empresa, que inclusive presta um péssimo serviço de coleta, o município tem dinheiro”, declarou o vereador que fez a leitura, na íntegra, do Diário Oficial que consta o aditivo do contrato, alterando o valor de R$ 76.583.073,60 para R$ 88.673.082,48. Para finalizar seu discurso, Nery solicitou ao Poder Público Municipal uma cópia do contrato para saber se o ajuste é no valor global, ou se será concedido anualmente. “Fica aqui o meu repúdio a essa atitude. Porque é um absurdo conceder esse reajuste a essa empresa e não ter dinheiro para atender às classes trabalhadoras da cidade”, finalizou.