“E se pudéssemos voltar no tempo?” Esse é um dos principais questionamentos do espetáculo “Jogo da Memória”, da Mimus Companhia de Teatro, com texto de Deborah Moreira e direção de George Mascarenhas, que traz os dois atores aos palcos de Feira de Santana pela última vez, nessa temporada do projeto Feira Mimus, de 27 a 29/05, no
Centro de Cultura Amélio Amorim, sempre às 19h, com ingressos a preços promocionais - R$ 10,00 (inteira) e R$ 5,00 (meia). O público ainda terá a oportunidade de participar de atividades artísticas gratuitas, como oficinas temáticas sobre “Mímica Corporal e Dramaturgia”, dias 27 e 28/05, das 9h às 12h, com inscrições no site www.mimus.com.br, e palestra aberta ao público, dia 28/05, às 16h, sobre “Teatro Físico e Criação Dramatúrgica”. Inspirado em princípios e procedimentos de jogos diversos, o espetáculo “Jogo da Memória” aborda o desejo de controlar o tempo, a partir da metáfora de um acidente de trânsito. A cena é construída como um tabuleiro de jogo, onde os dois atores interpretam oito personagens que compartilham seus pontos de vista e revivem ou tentam reconstituir o acidente, a partir de seus próprios olhares, de modo fragmentado, construindo novas versões do fato. Assim, o espetáculo traz à tona o frequente desejo de mudança daquilo que já passou. A relação entre a lembrança e o esquecimento e o desejo de controlar o tempo estão em foco de discussão da peça, que cria em cena uma reflexão sobre as nossas escolhas, acontecimentos e o próprio jogo da vida, com suas percepções, imagens e memórias. “Brincamos com a lógica do jogo para que o espectador também possa brincar ao tentar recombinar as peças do quebra-cabeça, montado pela história que está sendo contada”, revela George Mascarenhas. Segundo o diretor, a peça trata de questões que permeiam o imaginário de muita gente: a possibilidade ou não de alterar os fatos, a partir das escolhas que fazemos. Com autoria de Deborah Moreira, o texto parte de um acidente de trânsito verídico, que se torna o ponto de ligação entre as oito personagens em cena. “Jogo da Memória brinca com as hipóteses e desejos levantados pela pergunta ‘E se...?’ e isso permite uma grande abertura de espaço para identificar diferentes perspectivas de encaminhamento ou de lembrança de um fato vivido”, explica a artista. Com uma estrutura dramatúrgica de estética contemporânea, a trama é repleta de reviravoltas engendradas pelas imagens construídas pelos atores, pelo texto e pela encenação, com uma dinâmica poética que permite aos atores explorar em cena o valor do humano, a visão de mundo e de si mesmo, e o sentido da vida.