Em discurso na Câmara Municipal de Feira de Santana, nesta segunda-feira (23), o vereador Edvaldo Lima (PP) voltou a comentar as críticas que vem recebendo por parte do movimento LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros). “Eu não gostaria de retornar a este assunto que vou trazer, mas, infelizmente, o que vejo é que temos que trabalhar enquanto há tempo. Estou aqui, sem nenhuma preocupação, estou aqui com o documento emitido pelo Ministério Público da Bahia, 2ª Promotoria da Comarca de Feira, fazendo ciência ao vereador Edvaldo Lima, referente ao grupo LGBT, tentando mais uma vez barrar ou calar a minha voz”, afirmou. De acordo com o edil, “a articulação da Parada Gay de Feira de Santana encaminhou um documento à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que fez representar ao Ministério Público. No documento o Grupo Liberdade Igualdade e Cidadania Homossexual (GLICH) diz: ‘Venho por meio desta denunciar uma série de ações LGBTfobia, que vêm agredindo verbalmente, impedindo avanço no que se refere ao movimento”, disse. Edvaldo Lima ressaltou também que, no documento, foi acusado de chamar as pessoas do movimento LGBT de demônios. “Primeiro, não está falando a verdade, chamo de demônio os projetos que vão de encontro à família e continuarei chamando tudo o que for contra a família. Nunca chamei cidadão nenhum deste nome”, afirmou. Em seguida, ele que não descarta a possibilidade de entrar na Justiça
contra o projeto do Plano Municipal de Cultura, que tramitará na Casa da Cidadania. “Esse projeto está cheio de vícios, só tem seis artigos, depois todo o projeto não tem artigo, vem com números que você não sabe onde estão inseridos, olha o tamanho da desigualdade? O projeto já nasceu morto e não vou colocar minha digital em um projeto cheio de vícios”, disse o pepista, afirmando que a emenda apresentada à referida proposição é incompleta, uma vez que só retira a palavra sexualidade da matéria.