O vereador Roque Pereira (DEM) ocupou a tribuna na tribuna da Casa da Cidadania, na manhã desta quarta-feira (14), para externar sua indignação contra a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 45/2016, de autoria do senador Roberto Muniz (PP/BA), que institui a realização de eleições gerais. A matéria foi protocolada no Senado com a adesão de 34 senadores. O democrata disse que, de acordo com a referida proposta, em 2020 terá eleições municipais, mas os eleitos só exercerão o cargo apenas dois anos, para que haja eleições gerais unificadas em 2022. Segundo Roque, as mudanças nas regras das eleições só prejudicam os candidatos a cargos de vereador e prefeito. Ele citou, por exemplo, que nas eleições municipais deste ano a duração da campanha diminui de 90 para 45 dias. “Eu não sei o que é que os senadores e deputados têm contra vereador e prefeito, porque toda mudança experimental só acontece nas eleições municipais”, criticou. Em aparte, o edil Justiniano França (DEM) lembrou que em 2018 haverá eleições para deputados, senadores, governador e presidente. “Então, cabe a nós trabalharmos com esses políticos em relação quais são suas propostas, principalmente em relação à reforma política e partidária e o calendário eleitoral, porque não é justo que as experiências só caiam em cima dos vereadores” disse o vereador, acreditando que as regras que ocorreram para a campanha eleitoral deste ano não serão as mesmas em 2018, “porque os cobaias foram os vereadores”. Novamente com o uso da palavra, Roque Pereira alertou vereadores e prefeitos para a importância de uma mobilização nacional contra a PEC supracitada. Inclusive, ele solicitou do presidente do Legislativo feirense, Reinaldo Miranda - Ronny (PSDB), que envie um documento, assinado por todos os edis, à União dos Vereadores do Brasil (UVB), a fim de que a entidade possa promover um movimento contrário à proposta.