O Serviço de Traumatologia do Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA) informou neste sábado (12) que suspendeu as cirurgias eletivas (que não são de urgência e podem ser feitas por meio de marcação) e que apenas os procedimentos emergenciais estão mantidos. Segundo informações do site Acorda Cidade, o comunicado, assinado pelo médico Fabrício Holtz, afirma que a medida ocorre em resposta a ausência de contrato de trabalho e atraso no pagamento dos profissionais, que não recebem desde agosto, além da falta de material de trabalho. “Vale salientar que o serviço de Ortopedia e Traumatologia é o único que presta atendimento a pacientes politraumatizados com risco eminente de vida (sic), fraturas em idosos, atendimento do Samu e Viabahia, e apesar de toda a sobrecarga de trabalho (só este ano cerca de mil cirurgias ortopédicas realizadas até o momento), não deixamos de prestar atendimento à população de Feira de Santana e região”, diz a nota. Em resposta, a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) informou que está em fase avançada de conclusão de um novo modelo de relação contratual com os médicos que prestam serviços à pasta. A secretaria ainda diz que os atuais contratos de Pessoa Jurídica, vigentes nos últimos dez anos, serão substituídos, pois não podem ser renovados por questões legais. “A Sesab vem honrando seus compromissos e fazendo pagamentos regulares e sucessivos a todos os profissionais médicos prestadores de serviços, mesmo aqueles em caráter indenizatório, ainda que com atraso fruto de mecanismos de controle interno recentemente adotados. O Governo do Estado está profundamente comprometido com a assistência médica ética e digna à população e, para tanto, vem investindo mais de R$ 1 bilhão na expansão da rede de saúde em todo estado, representando o maior investimento em saúde pública de todos os tempos na Bahia”, disse a pasta em nota. A Sesab lamentou a decisão dos ortopedistas da unidade e informou que prazo de negociação encerra no dia 20 de dezembro. “Temos esperança que os médicos ortopedistas, profissionais sensíveis e dedicados, revejam sua posição e não prejudiquem a população, que serão as principais vítimas da intransigência no diálogo. É de interesse do Governo do Estado a participação de entidades representativas dos médicos e, para tanto, a Sesab convidou o Conselho Regional de Medicina a integrar a comissão que está a finalizar o novo modelo contratual”. (BN)