No Hospital Estadual da Criança, em Feira de Santana, médicos sem salários há três meses decidiram parar. E foram surpreendidos com a “ordem” que eles trabalhem mesmo de graça. A Liga Àlvaro Bahia, fundação que administra a unidade, considerou em nota a ação desproporcional e intransigente e “ordenou” a volta aos trabalhos mesmo sem realizar os pagamentos. Parece piada. Talvez seja necessário explicar que desproporcional é a atenção que a saúde em Feira de Santana recebe do Governo do Estado em relação a Salvador. Intransigente é um estado deixar a situação da saúde chegar a tal ponto sem conversar, sem negociar. Infelizmente o colapso na saúde baiana não é apenas financeiro, aparentemente também é mental e tem todas as ferramentas para piorar.