No uso da tribuna, no tempo do grande expediente da sessão ordinária desta terça-feira (18) na Câmara de Vereadores de Feira de Santana, o presidente do Poder Legislativo feirense, vereador Ronny (PHS), demonstrou insatisfação do tratamento dado aos edis pelos secretários municipais nomeados pelo prefeito José Ronaldo (DEM). Ronny afirmou que quando sua assessoria faz contato com os secretários é mal tratada e garantiu que muitas vezes não consegue contanto nem mesmo pelo telefone. “Quem aqui liga para Maurício Carvalho e é atendido? Quem é atendido por Sérgio Carneiro? Quem é atendido por Jayana? Teve secretária que não saudou vereador em evento porque disse que não conhece. Quem não conhece um vereador não tem competência de assumir uma secretaria. Então, digo mais uma vez que a insatisfação dos vereadores para com os secretários é de praticamente 100%”, reafirmou. Os vereadores João Bililiu (PPS) e Zé Filé (PROS) elogiaram a coragem do presidente da Câmara em usar a tribuna para tornar público a insatisfação dos edis diante do tratamento que recebem dos secretários. Já Roberto Tourinho (PV) lembrou que foi secretário municipal por cinco anos e acredita que o respeito deve prevalecer, independentemente de quem quer que seja. “Quem ocupa cargo público tem o dever de tratar qualquer pessoa com respeito. Eu, enquanto vereador, sempre peço a minha assessoria que entre em contato com o secretário e agende um horário comigo”, disse. Ronny lembrou que solicitou do secretário de Turismo e Desenvolvimento Econômico, Antônio Carlos Borges Júnior, através de ofício, o nome de todos os comerciantes que serão contemplados com os boxes do Shopping Popular, mas o secretário se negou a receber o documento. “Ele me garantiu que poderia emitir o ofício. Quando lhe foi entregue, disse que não receberia porque estava fora da Secretaria. Então, só é secretário lá na Secretaria? Quero aqui dizer que a partir de agora vou fiscalizar as secretarias e em relação aos comerciantes do Shopping Popular quero saber o nome de todos, porque daqui a um ano o nome de alguém pode não estar mais na lista. Já presenciamos muitos escândalos como de pessoas recebendo mais de uma casa do Programa Habitacional Minha Casa Minha Vida ou ainda funcionários públicos sendo contemplados, como publicado no Jornal Folha do Estado”, garantiu.