Durante pronunciamento, nesta segunda-feira (24), na Câmara de Vereadores de Feira de Santana, o vereador Roberto Tourinho (PV) informou que protocolou na Casa um projeto de lei que visa proibir o funcionamento de equipamentos de som automotivo, conhecido como paredão, em vias públicas, praças e demais logradouros públicos de Feira de Santana. Segundo Tourinho, nas apresentações de paredão costumam acontecer vários crimes, inclusive homicídios, como publicado em meios de comunicação da cidade. “Enquanto estive à frente da Secretaria de Meio Ambiente implantei o projeto Feira quer Silêncio, que tem como objetivo conter a poluição sonora, principalmente os paredões em áreas públicas que tiram a paz de idosos, recém-nascidos, enfermos e mais”, pontuou. Em aparte o vereador José Carneiro (PSDB) disse que quando há intensa fiscalização na zona urbana, os paredões passam a acontecer na zona rural e que nas regiões de Matinha e Alecrim Miúdo estas são as maiores reclamações. De volta com a palavra Tourinho garantiu que a informação do colega procede e continuou a tratar do seu projeto de lei. “No projeto a proibição se estende para postos de combustível, de lavagem, espaços privados de livre acesso, locais de eventos e outros. Para que o paredão possa acontecer, o interessado deve encaminhar um requerimento à Secretaria de Meio Ambiente, que por sua vez deve fazer uma perícia e dar a garantia de que o local é adequado para realização da atividade”, explicou. Tourinho lembrou que quando estava à frente da SEMAMM, a apreensão de paredões era sempre alvo das fiscalizações. “Paredão era troféu e as multas variavam entre R$ 500 e R$ 5 mil. Saíamos na madrugada para fazer as apreensões, pois tínhamos consciência de que muitos atos de violência eram praticados nestes eventos. Peço aos colegas que aprovem esta matéria quando ela entrar em votação, pois esta Casa terá, pela primeira vez, a oportunidade de dispor sobre o assunto”, pediu. Marcos Lima (PRP) também se mostrou favorável à proposta de Tourinho, mas fez um questionamento. “Só gostaria de saber onde podem ser os locais adequados, já que não podemos impedir a realização dos paredões”, perguntou. Em resposta Tourinho afirmou que a localização adequada ficará por conta da SEMAMM, após realização de perícia no local sugerido pelo idealizador do evento.