O deputado federal José Carlos Aleluia (DEM-BA) deu entrada no Itamaraty, nesta quarta-feira (24), com um requerimento oficial que pede a extradição do empresário Joesley Batista. O documento tem como base os crimes contra a ordem econômica que não estão englobados no acordo firmado entre os sócios do Grupo JBS e a Procuradoria-Geral da República (PGR). O deputado ressalta que o Ministério das Relações Exteriores tem a prerrogativa de requerer aos Estados Unidos o retorno do sr. Joesley para que responda perante o Poder Judiciário em outras investigações que não estão citadas em sua delação premiada. "Nosso pedido tem como base investigações sobre insider trading e outros crimes contra a ordem econômica que estão fora do acordo com a PGR. Cabe ressaltar que Joesley lucrou com a confissão de seus crimes ao especular contra o país em cima de sua delação. No momento em que passamos o país a limpo, não podemos deixar este senhor livre vivendo do fruto de seus crimes em Nova York", explicou o deputado. Em seu requerimento, Aleluia reforça que a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) abriu processos administrativos para apurar se empresas e fundos ligados à JBS agiram com informações privilegiadas sobre o teor do acordo de colaboração premiada e que já há fortes indícios de que o grupo teria atuado no mercado de câmbio, comprando milionárias quantias em dólar e vendido ações da JBS antes de a colaboração se tornar pública. "Crimes contra a Ordem Econômica estão previstos na Lei 8.137 e não são parte do acordo firmado. Estamos com todas as bases legais para requerer o pedido de extradição aos Estados Unidos que não tem motivo para negá-lo. O senhor Joesley vai ter que voltar para responder pelos seus crimes", defendeu.